Quando se fala de Salmão, a certeza é de que estamos falando de um dos mais famosos e consumidos peixes no mundo. É uma verdadeira unanimidade que ganhou espaço na mesa de todo o mundo rapidamente. Com uma carne saborosa, o salmão possui um ciclo de vida fantástico valorizando ainda mais a natureza. Do outro lado, convive com um verdadeiro absurdo: a sua criação em cativeiro.
Com origem no Atlântico Norte, englobando a Escócia, Dinamarca e Noruega, o salmão nasce em rios e lagos de água doce, e só na maturidade, cerca de 2 a 5 anos, seguem em direção ao mar. Anualmente os salmões retornam para os rios onde nasceram para desovar. Esse “evento” se caracteriza como um dos mais fantásticos da natureza pela tamanha dificuldade e desafios que os peixes enfrentam. Por causa da dificuldade são poucos salmões que consegue retornar aos rios para procriar.
São mais de 30 mil quilômetros de viagem, nadando com muito esforço contra as correntes para fazer uma simples desova, e dependendo da espécie, morrer em seguida. Após a desova, os salmões do oceano pacifico morrem enquanto os do oceano atlântico conseguem se reproduzir mais de uma vez. Um caso bastante interessante é que após desovar e morrer, os salmões liberam para a natureza nutrientes adquiridos durante toda a sua vida no mar. O fato dos salmões retornarem ao local onde nasceram é tão incrível que os cientistas ainda não descobriram como os peixes se orientam para nadar milhares de quilômetros.
O salmão faz parte do conjunto de “peixes azuis”, e por isso é considerado um peixe “gordo”. Sua cor é branca como da maioria dos peixes, mas o tom rosado característico provém da “astaxantina”, pigmento que está presente nas algas e seres unicelulares, e que quando ingerido pelo salmão é transportado até seus tecidos gordurosos. Essa substancia é mesma responsável pelas cores do tomate, beterraba e cenoura.
O ciclo de vida do salmão é muito interessante, principalmente pelas dificuldades que os peixes encontram. Sua carne é macia, saudável, demanda cocção rápida, e quando comida crua desmancha pela boca. O maior produtor de Salmão no mundo é a Noruega, seguido pelo Chile. Ambos os países possuem aguas geladas, considerado condições ideias para esses peixes. No criatório, são simuladas todas as condições da natureza, inclusive tendo a desova na água doce, e depois transportados para o mar (para engorda).
A criação do Salmão em cativeiro foi fundamental para a sua propagação, pois permitiu o seu consumo durante todo o ano. Por outro lado, hoje o método é cada vez mais questionado, e vem gerando debates polêmicos. Pelo fato do Brasil (na época) ser um país fechado para importações até a década de 80, o salmão só era acessível aos ricos, que traziam do exterior pagando alto preço. Imediatamente a liberação e redução das taxas, o salmão chegou com força e ganhou a mesa do brasileiro.
Referências: Revista Super Interessante
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